O Fundador previu
a atividade científico-cultural de seus filhos espirituais que teriam alcançado
fama nos séculos futuros?
É verdade que deu
uma 'Ratio Studiorum': aspirando ele
e seus companheiros por uma formação e cultura humanista, não tinham tempo nem
oportunidade para falsas teorias de ensino, no século das metodologias (s.
XVI).
Os Clérigos
Regulares apresentam uma imagem de novos sacerdotes para novos tempos. Foram
homens de estudo, para o exercício de um magistério catequético-teológico,
perante a ignorância do clero secular e do povo. Obviamente, como novos
professores aprenderam as ciências humanas e naturais, adquirindo sabedoria e
uma linguagem pastoral atualizada e capacitaram-se em expressar à altura a
mensagem do Evangelho aos homens de seu tempo.
Santo Antônio,
por sua vez, tinha uma cultura universitária, estudou a teologia de santo Tomás
de Aquino, vigente naquele momento, para saber distinguir entre profano e
sagrado, sempre lutando a favor da fé e da moral. Para ele o estudo era como
uma oração, no sentido mais amplo da palavra, que fazia com entusiasmo e amor à
Sagrada Escritura, procurando seu significado espiritual: “descobrimos e
manifestamos os sentidos ocultos, os significados adequados para a educação dos
costumes (moral)”. Outra leitura formativa será a dos Santos Padres da Igreja.
SAMZ estava sempre atento em fazer uma leitura global e original:
“Depois da Sagrada Escritura, vocês poderão ler todo Doutor aprovado
pela Igreja,
os livros dos Santos Padres, desde que seus escritos não sejam contrários à Sagrada
Escritura e aos Santos Doutores. Mas, deleitem-se, de modo particular e especial, na
leitura de livros que tratem de assuntos de instrução e formação de bons costumes, da
perfeição da vida, da verdadeira imitação de Cristo. Por exemplo (conforme a
instrução de São Bento na sua Regra): Colações de São João Cassiano, a história dos
Santos Padres, principalmente os que foram escritos por São Jerônimo, João Clímaco,
o Abade Isaque da Síria, o Espelho da Perfeição, o Espelho da Cruz, o Beato
Bartolomeu de Bragança, da Ordem dos Pregadores, sobre o Cântico dos Cânticos,
São Boaventura, as Epístolas e os Diálogos de Santa Catarina de Sena, os livros do
nosso Pai, Frei Batista de Crema e outros livros semelhantes que, bem compreendidos
e praticados, nos levarão à perfeição”. (Constituições, Cap. VIII, Sobre o estudo).
os livros dos Santos Padres, desde que seus escritos não sejam contrários à Sagrada
Escritura e aos Santos Doutores. Mas, deleitem-se, de modo particular e especial, na
leitura de livros que tratem de assuntos de instrução e formação de bons costumes, da
perfeição da vida, da verdadeira imitação de Cristo. Por exemplo (conforme a
instrução de São Bento na sua Regra): Colações de São João Cassiano, a história dos
Santos Padres, principalmente os que foram escritos por São Jerônimo, João Clímaco,
o Abade Isaque da Síria, o Espelho da Perfeição, o Espelho da Cruz, o Beato
Bartolomeu de Bragança, da Ordem dos Pregadores, sobre o Cântico dos Cânticos,
São Boaventura, as Epístolas e os Diálogos de Santa Catarina de Sena, os livros do
nosso Pai, Frei Batista de Crema e outros livros semelhantes que, bem compreendidos
e praticados, nos levarão à perfeição”. (Constituições, Cap. VIII, Sobre o estudo).
É notável o
método de leitura que visa formar estudiosos e pensadores criativos: por exemplo,
lembrado quando faz menção de filósofos, é uma lembrança de anos de escola em
Pavia e Pádua.
Santo Antônio
colocou em prática o que ele sugere, demonstrando assim coerência: mais do que
uma leitura rápida, seu estudo é como uma meditação. Não são do seu estilo
muitas citações, mas uma ciência substancial que surge a partir dessas páginas
que revelam uma personalidade original e assimilação das fontes:
“Fiquem sabendo
que é melhor ler pouco e mastigar bem o que lemos que ler
superficialmente e às pressas muitas coisas e muitos autores, pois isso é, antes,
satisfazer a curiosidade que estudar. Por isso, exortamos e queremos que cada um - porquanto possível - se esforce para desenvolver uma reflexão pessoal (mesmo que não seja muito adiantado nos estudos), até que seja para escrever um livro. Isso vale mais do que só conseguir a ciência
tirada do livro dos outros. Vocês conseguirão isso na verdadeira imitação de Jesus
Crucificado, com a vitória total sobre si mesmo e com o domínio de suas paixões.
Deste modo, vocês conseguirão uma ciência tal que conseguirão até convencer
filósofos, porque o intelecto e a boa e perfeita capacidade do homem - mesmo sem o
livro dos outros - já escreveu livros.”
superficialmente e às pressas muitas coisas e muitos autores, pois isso é, antes,
satisfazer a curiosidade que estudar. Por isso, exortamos e queremos que cada um - porquanto possível - se esforce para desenvolver uma reflexão pessoal (mesmo que não seja muito adiantado nos estudos), até que seja para escrever um livro. Isso vale mais do que só conseguir a ciência
tirada do livro dos outros. Vocês conseguirão isso na verdadeira imitação de Jesus
Crucificado, com a vitória total sobre si mesmo e com o domínio de suas paixões.
Deste modo, vocês conseguirão uma ciência tal que conseguirão até convencer
filósofos, porque o intelecto e a boa e perfeita capacidade do homem - mesmo sem o
livro dos outros - já escreveu livros.”
Graça e Paz!
Por: Cristóbal Ávalos Rojas, crsp.
Revisão textual: padre Ferdinando Capra, crsp.