De acordo com o Estatuto
da Conferência dos Bispos do Brasil, a Assembleia Geral é o órgão máximo da
instituição
A 54ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil começa nesta quarta-feira,
6, no Centro de Eventos Padre Vitor Coelho, em Aparecida (SP). Cerca de 320
bispos participarão da reunião anual do episcopado brasileiro, promovida pela
CNBB.
Serão dez dias para discussões em torno do tema: “Cristãos leigos e
leigas na Igreja e na sociedade – Sal da terra e luz do mundo”.
Pela terceira vez, este mesmo assunto retorna ao plenário da Assembleia
Geral, mas desta vez com a promessa de que, ao fim do encontro, será apresentado
um documento sobre o assunto.
O secretário-geral da CNBB, Dom Leonardo Steiner, explicou nesta
terça-feira, 5, em entrevista coletiva à imprensa, o motivo que levou os bispos
a retomarem a discussão nesta 54ª reunião do episcopado. Assista:
De acordo com Dom Leonardo, os leigos desempenham função importante na
evangelização, e a Igreja quer entender como eles podem melhor anunciar o
Evangelho na sociedade, em seus diversos âmbitos (cultural, político, econômico
e etc).
O texto para o documento final será apresentado aos bispos, discutido em
grupos e plenário, depois votado, para só então ser divulgado à Igreja no
Brasil.
Primeiro dia da Assembleia
Encontro dos Bispos terá início às 7h30 desta quarta-feira, 6, no
Santuário Nacional, com a celebração da Missa. Em seguida, a cerimônia oficial
dará início ao evento.
À tarde, os bispos participarão de dois momentos importantes. O primeiro
trará uma análise de conjuntura sociopolítica e a apresentação do texto
“Pensando Brasil”.
No segundo momento, a pesquisadora da Universidade Rural do Rio de
Janeiro, Silvia Fernandes, conduzirá os bispos a uma reflexão sobre a mudança
religiosa no Brasil, sobretudo, a respeito da migração entre as religiões,
tentando compreender como e porque ela acontece.
Cenário político do Brasil
Dom Leonardo afirmou que o possível impeachment da
presidente Dilma Rousseff não está entre as pautas da Assembleia Geral, já
definidas em outubro do ano passado. Porém, segundo o bispo, ainda será
analisada a inserção deste assunto nas discussões durante os próximos dias.