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O fim da vida espiritual: o apostolado

15 de março de 2016


A busca da perfeição não é somente um fato pessoal, tem, também, uma finalidade comunitária. É daí que nasce a exigência do apostolado.

Os dois textos clássicos, relativos a esse tema, se encontram no inicio do Sermão II e na Carta V. SAMZ afirma que “a vida espiritual verdadeira” consiste no absoluto desapego de si mesmo, na união total com Cristo, lograda sob o influxo do Espirito Santo, que nos faz “exemplos vivos de Cristo”, até podermos dizer: “Sede nossos imitadores, como nós o somos de Cristo”.
Vejamos, pois, a palavra chave, expressada de forma relevante: “Edifiquemos, a nós e aos demais, para Cristo” (Carta VII).
Esta visão sintética de compromisso ascético e apostólico planteia um grande debate: Qual é a relação entre vida religiosa e atividade pastoral? A pergunta não é por nada  acadêmica, se pensamos que de sua solução depende a própria razão de sermos Clérigos Regulares, um Instituto que procura a fusão harmônica de duas orientações de vida.
Podemos formular o pensamento do Santo em duas proposições:
1.    A função da vida religiosa, no que diz respeito à vida sacerdotal, consiste em nos tornar aptos para ganhar o próximo para Cristo.
2.    Reciprocamente: a vida apostólica é estimulo para a perfeição: “O caminho para o amor de Deus é o amor ao próximo”.
Estas proposições deverão ser aclaradas brevemente.
Segundo o Santo, não há um verdadeiro “conquistar o próximo” que não surja da plenitude da vida interior.
O sinal distintivo dos “legítimos” filhos de Paulo consiste exatamente em compartilhar com o Apóstolo:
ü  “Grande e nobre longanimidade para com o Crucificado” (adesão a Deus).
ü  “Penas e humilhações de nós mesmos” (renúncia a si mesmo).
ü  “Conquista e perfeição consumada do próximo” (salvação das almas).
Este programa que se apresenta na Carta V, volta com insistência nas Constituições (cap. XVI) onde se lê que “o verdadeiro fim da Reforma se reconhecerá nisto: si buscarem somente o puro amor de Cristo (adesão a Deus). A pura utilidade do próximo (salvação das almas). Os puros opróbrios e escárnios de si mesmo (renúncia a si mesmo)”.


                                                                         Por:



Bibliografia

Escritos (texto atualizado) [Livro] / A. ZACCARIA Antônio Maria. - Belo Horizonte : FUMARC, 2010.
Espiritualidad Barnabítica [Revista] / A. Baderna Lorenzo M.. - Santiago : [s.n.], 1987.



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