
A Igreja do Filho de Deus tem os
Apóstolos como suas colunas imprescindíveis. Aliás, o ensinamento deles é de
suma importância para seguirmos a Jesus. Quem não O conhece é salvo por Ele se,
em consciência, praticar o que sabe a respeito do que é bom. Mesmo se uma
pessoa fizer os ritos de uma religião, mas não praticar o bem conhecido por sua
consciência, não está realizando o projeto do Criador. Os ritos são
importantes, mas condicionados à prática da fé. Jesus não manda tirar a vida de
ninguém. Ao contrário, Ele dá sua vida e nos ensina a importância de dar de nós
para, em primeiro lugar, os que a têm precariamente. Só tem mérito diante dele
quem mais der de si pelo bem do semelhante. Na sua Igreja Ele deixou meios
muito importantes para nos ajudar, como sua Palavra, os Sacramentos, e,
principalmente, a convivência no amor.
É essencial ser discípulo do Mestre.
Pedro demonstrou isso na vida. Depois de ter negado a Jesus ele se converteu e
tornou-se o chefe da Sua Igreja. Não à toa o Senhor lhe disse por três vezes em
seguida: “Apascenta as minhas ovelhas”. Esse grande Apóstolo seguiu o caminho
do Filho de Deus. Foi até crucificado, mas de cabeça para baixo. A Igreja não
sucumbiu com seu martírio. Seu Fundador prometera que não a deixaria acabar.
Pelo contrário, quanto mais perseguida torna-se mais pujante. Ela não é
simplesmente um arrebanhamento de pessoas, mas uma luz para a humanidade
perceber que vale a pena ser obediente aos valores da vida, da dignidade
humana, da ética, da moral, do respeito aos mais fragilizados da sociedade, da
misericórdia, do perdão, da solidariedade, da justiça e da paz. Tudo isso Pedro
foi ensinando do que aprendeu de Jesus.
Paulo, com sua conversão, tornou-se o
grande missionário de Jesus. Através de sua vida completamente devotada a
Cristo, não poupou esforços para fazer o Senhor conhecido e seguido. Deu a vida
por Ele. Foi também martirizado por defender a nova ordem de vida trazida pelo
Filho de Deus. Como Pedro nos dá a segurança da unidade da Igreja, Paulo nos dá
o grande estímulo e ardor missionário.
Seguindo esses Apóstolos, também nos
tornamos pessoas apaixonadas por Cristo, seguindo-O e ensinando os outros a
fazer o mesmo. Não se trata de fazermos proselitismo com método de
arrebanhamento por pressão psicológica ou moral e sim de anunciarmos o caminho
de vida de sentido. O que vale mais é a qualidade do amor, da ética e da moral
da pessoa. O Papa Francisco nos lembra no documento “Alegria do Evangelho”, que
não se trata de arrebanhar pessoas pelo proselitismo e sim pelo atrativo (Cf.
n.o 14). O Concílio Vaticano II, concluído há 50 anos, apresenta-nos a
necessidade de sermos Igreja de verdadeira luz para a humanidade, mostrando o
caminho da verdade, do bem e da justiça, para implantarmos verdadeira cidadania
terrestre, em vista de um futuro eterno feliz.