Entre os
dias 31 de outubro e 2 de novembro, alunos da Universidade Católica do Chile
(entre outros), se deslocaram rumo a uma capela em Chocalán a fim de construir
uma sede para a comunidade realizar suas atividades pastorais.
Os Trabalhos
Santo Agostinho, de alguma maneira são a continuação das missões Santa Teresa.
Em outras palavras, realizada no primeiro semestre, as missões Santa Teresa são
uma iniciativa da pastoral de educação com o apoio da faculdade de Engenharia, visitando
as famílias e realizando atividades com as crianças, jovens e/ou adultos, com a
finalidade de fortalecer espiritualmente
a comunidade. Porém, os Trabalhos Santo Agostinho são fruto de um projeto
da faculdade de Engenharia com o apoio da pastoral de Educação; realizada no
segundo semestre e voltado à mesma comunidade, os jovens vão com o objetivo de
entregar algo material que seja útil
para os fiéis locais.
Este ano
os trabalhos foram realizados em uma capela dedicada a São José, localizada em La
Vega, pertencente à paróquia Santa Rosa de Lima (fundada em 1905). Esta
paróquia faz parte da Diocese de São José de Melipilla (bispo Cristian
Contreras), província eclesiástica de Santiago. Cerca de quarenta estudantes,
entre os quais a maioria da faculdade de Engenharia e Educação (apenas eu de Teologia),
foram recebidos pelo pároco Padre Alex Ponce e pela comunidade, com muita
alegria.
Nessa
oportunidade, se construiu atrás da capela uma casa que servirá para os
encontros comunitários; pintamos as grades e os portões ao redor do terreno da
comunidade e construímos um local para que as crianças possam fazer momentos de
recreação; tudo com o intuito de melhorar a infraestrutura da comunidade e,
dessa maneira, proporcionar um ambiente mais acolhedor aos fiéis.
Pela
parte da tarde as atividades eram mais intensas; além de dar continuidade à
construção, um grupo ficou responsável de realizar os encontros com as crianças.
No sábado à tarde, acompanhado de uma das responsáveis da comunidade, visitei
os idosos da região e tive a oportunidade de conhecer um pouco da historia de
cada um deles e de partilhar um pouco a Palavra de Deus.
Participar
dos “Trabajos San Agustín” desse ano foi para mim um desafio, pois nem tudo nas
missões são rosas: entre outras coisas, dormir no chão, passar frio, são coisas
que fazem o corpo desejar o conforta do lar. Tudo isso, portanto, só tem valor
se tiver um objetivo mais sublime. Foram dois os momentos que me marcaram
profundamente nessa missão: o primeiro deles foi ver no rosto daquelas pessoas
a alegria e a surpresa quando contemplaram nossa obra terminada; o segundo foi
poder ver no rosto cansado dos idosos que visitei a alegria de ser cristão,
alegria essa que o cansaço dos anos não foi capaz de apagar.
Por: