O Jesus da história viveu e
morreu como judeu. Nota-se que a dificuldade para compreender a Jesus surge no
mesmo debate sobre o Jesus histórico e o Cristo da fé.
Efetivamente desde 1950 houve um
trabalho forte com a intenção de descobrir o fundador do cristianismo. E não vai
ser algo surpreendente que Jesus seja estudado integralmente como judeu. Apesar
de que a maioria reconhece não haver um caminho para o Jesus do século I na
Galiléia.
Em suma, há um consenso dos novos
pesquisadores que Jesus era um judeu “marginal”, um camponês, homem inserido na
fé. Ele pensava tal qual uma pessoa da sua época.
No entanto, para os judeus os
evangelhos apresentam enormes problemas por terem passagens com claro antissemitismo,
pelo julgamento e a crucifixão. Incrivelmente os acontecimentos foram narrados
por judeus com exceção de Lucas.
Decerto, considerando toda a
história, para os judeus não há uma visão ou opinião unânime sobre a figura de
Jesus. Não é pensado e falado sobre Jesus, porém no fundo parece ser
considerado um irmão dos judeus.
Admitindo que seja difícil colocar
a Jesus em qualquer corrente judaica do século primeiro, temos somente
testemunhas de brigas contra os fariseus e outros grupos religiosos. Mas
ninguém pode negar que foi um am haareç,
um camponês religioso.
Em síntese, os aspectos originais
do Jesus judeu é o seu celibato, o contato com os leprosos e proscritos,
partilhava com os pecadores. É o messias? Em suma, todos os fatos mencionados compõem
a figura de um judeu incomum do século I.
Por:
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
BRUTEAU, Beatrice, Jesus
segundo o judaísmo, São Paulo, Paulus, 2003.p. 45-51.