“Estou aqui
com vocês para ter a alegria de me encontrar e compartilhar algumas
considerações no desejo sincero de poder continuar, na amizade e no respeito
recíproco, o caminho iniciado juntos desde minha chegada ao seu querido País,
que sinto sempre mais como minha segunda pátria”, disse o núncio apostólico no
Brasil, dom Giovanni D’aniello aos bispos do Conselho Permanente da Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), reunidos na sede da instituição, nesta
terça-feira, 21.
Dom Giovanni
expressou satisfação ao saber da acolhida que teve a Presidência da CNBB no
Vaticano. “É sinal de estima e consideração para com a Igreja no Brasil que me
enche de tanto orgulho”, ressaltou. No final de setembro, o arcebispo de
Aparecida (SP) e presidente da CNBB, cardeal Raymundo Damasceno Assis; o
arcebispo de São Luís (MA) e vice-presidente, dom José Belisário; e o bispo
auxiliar de Brasília e secretário geral, dom Leonardo Steiner, viajaram a Roma,
onde se encontraram com o papa Francisco e visitaram alguns dicatérios da Cúria
Romana.
FORMAÇÃO
Em seu
discurso, o núncio pediu aos bispos para que “continuem dando a atenção máxima à
formação e à pastoral vocacional” e destacou a importância do
projeto da Escola de Formação para Formadores, um dos assuntos em pauta na
reunião do Conselho Permanente.
Para o
núncio, “a concepção do projeto é apropriada e está em consonância com a
compreensão atual dos formadores”. Disse, ainda, que a Escola deve propiciar a
formação integral do formador, considerando-se os aspectos técnicos e
pedagógicos, as dimensões humana e espiritual e o estudo aprofundado dos
conteúdos cujo conhecimento haverá de fundamentar o trabalho formativo”.
Ao final, dom
Giovanni recordou o discurso do papa Francisco ao episcopado brasileiro sobre o
cuidado “de uma formação qualificada que crie pessoas capazes de descer na
noite sem ser invadidas pela escuridão e perder-se; capazes de ouvir a ilusão
de muitos, sem se deixar seduzir; capazes de acolher as desilusões, sem se
desesperar nem precipitar na amargura; capazes de tocar a desintegração alheia,
sem se deixar dissolver e decompor na sua própria identidade”.
O cardeal
Raymundo Damasceno Assis manifestou gratidão à presença do núncio e suas
palavras de motivação. “Agradeço pela animação de nosso ministério episcopal e
pelas palavras que nos incentiva nesta comunhão com o Santo Padre, sucessor de
Pedro. Obrigada pelas sugestões em relação à Escola de Formação dos futuros
presbíteros e de formação permanente de nosso clero das Igrejas Particulares”,
expressou o cardeal.
Fonte: cnbb.org.br