Queridos irmãos e irmãs,
Quando a Igreja fala de Vida Consagrada está falando de uma
vocação que tem várias modalidades de vida dentro da Igreja. Seguem essa
vocação os Monges e Monjas, os Religiosos e Religiosas das
Ordens, Congregações e Institutos Religiosos. Além desses, existem os membros
dos Institutos Seculares, bem como os consagrados e as consagradas de assim
chamadas “Novas Comunidades”, muitas das quais nasceram dentro de Movimentos
eclesiais relativamente recentes ou formam seu núcleo central.
Cada forma de Vida Consagrada tem um carisma próprio, ou
seja, seus fundadores decidiram – e depois a Igreja os aprovou – viver um ou
mais aspectos do Evangelho de Jesus Cristo numa forma radical e ampla, e ainda
professar os conselhos evangélicos da pobreza, obediência e castidade como algo
próprio e comum de todas as formas de Vida Consagrada. Assim, os fundadores
lhes deram normalmente uma Regra de Vida e Constituições ou apenas
Constituições, que lhes dão organização e normas de vida.
O Concílio Vaticano II, ao tratar da Vida Consagrada,
exorta: "O estado (de Vida Consagrada) constituído pela profissão
dos conselhos evangélicos, embora não pertença à estrutura hierárquica da
Igreja, está, contudo firmemente relacionado com sua vida e santidade" (LG
44, 120). "Os conselhos evangélicos da castidade consagrada a Deus, da
pobreza e da obediência se baseiam nas palavras e nos exemplos do Senhor. São
recomendados pelos Apóstolos, Santos e Padres e pelos mestres e pastores da Igreja.
Constituem um dom divino que a Igreja recebeu do seu Senhor e por graça dele
sempre conserva. A própria autoridade da Igreja, guiada pelo Espírito Santo,
cuidou de interpretar os conselhos evangélicos, regulamentar lhes a prática e
estabelecer formas estáveis de vida" (LG 43, 115).
Por:
André Maria C. M. Carvalho, religioso
barnabita.