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Comentário ao Evangelho do dia 16: Lc17,26-37

16 de novembro de 2012

Caros irmãos e irmãs,
Saudações no Crucíficado Vivo!
Hoje Jesus quer ensinar aos discípulos e a nós que é a verdadeira esperança. Por isso, completa o discurso sobre a sua última vinda. Para que a esperança não se torne utópica e não crie ilusões fáceis, Jesus une-a a fé. A fé nos une, desde já, ao Senhor e à sua morte e ressurreição. Unindo a esperança à fé, ficamos sabendo quem esperamos, e não nos interessa quando ou como isso acontecerá.
Jesus ilustra o ensinamento com dois exemplos: o de Noé e o de Lo. Só aparentemente estes dois fatos históricos evidenciam o carácter improviso e repentino do dilúvio, no caso de Noé, e da chuva de fogo, no caso de Lo. O que Jesus quer acentuar é a necessidade de estar prontos quando Deus se manifestar no seu poder: prontos a reconhecê-lo, prontos para ser introduzidos na alegria eterna e na comunhão com Ele. O verdadeiro ensinamento de Jesus é, pois, este: não devemos considerar apenas Noé e Lo como figuras de crentes, mas também os seus contemporâneos, representados pela mulher de Lo. Viviam esquecidos de Deus e preocupados com os bens terrenos: foi nessa situação que foram surpreendidos. É a sua indiferença perante a imprevisível intervenção de Deus, e a sua cegueira espiritual, é a sua incapacidade para se darem conta da dramaticidade dos tempos que atrai a atenção de Jesus, do evangelista e a nossa.
Jesus nos convida a fazer bom uso da memória. É bom revisitarmos a história para nos darmos conta das visitas de Deus, e adquirirmos sabedoria que nos permita viver adequadamente o presente e preparar o futuro. A história é mestra de vida, diziam os antigos. No caso de hoje, somos convidados a revisitar o Antigo Testamento que, para nós cristãos, é uma fonte de ensinamentos sempre válida e atual.
A memória do crente leva-o a captar nos eventos históricos as mensagens que Deus nunca deixa faltar àqueles que o reconhecem. A memória do passado, e a contemplação das intervenções de Deus, tornam-se, pois, critério de diagnóstico de quanto acontece aqui e agora, e permite-nos prosseguir a nossa caminhada, rumo ao futuro.
Por: André Maria C. M. Carvalho religioso barnabita.
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