Ao
longo de sua vida sacerdotal, Antônio Maria Zaccaria mostrou ter grande estima
e entusiasmo pelas Cartas de São Paulo. Sua leitura provocava nele muita
emoção. Sobre elas pregava, enquanto, aos seus seguidores, pedia que fizessem
constante meditação sobre os ensinamentos que elas ofereciam.
É
possível afirmar que o encanto pelo apóstolo Paulo despertou uma força interior
no coração de SAMZ que o levou a trabalhar de maneira incansável numa época de
paganismo, no século XVI. Também, a
experiência de amor a Cristo Crucificado, presente no pensamento paulino (cf. 1Cor
1,18-25), transformou totalmente o seu horizonte espiritual. Como consideração
a parte, convém destacar que Paulo, ao afirmar de estar crucificado juntamente
com Cristo, além de revelar uma grande audácia, deseja, por médio desta
expressão, indicar uma sua plena identificação com Cristo.
Para SAMZ, o Apóstolo era, sobretudo, um modelo e um
mestre no apostolado e, ao mesmo tempo, objeto de um amor filial. Os dois nomes
que mais utiliza e que aparecem em seus Escritos são: “Cristo crucificado e São
Paulo”. Muitas vezes o nome do Apóstolo é trocado por outro mais suave: “Nosso
Padre, nosso santíssimo Padre”, etc.
Entre as obras que ele fundou, ocupam, evidentemente, o
primeiro lugar as duas Ordens Religiosas que lhe devem a existência. É interessante
notar como ambas colocaram o nome de São Paulo, no nome oficial apresentado
perante a Igreja. Os Barnabitas são os Clérigos Regulares de São Paulo. As
Angélicas, nome que se deram por iniciativa própria, ele as chamou Filhas de
São Paulo.