Gregório
nasce em São Petersburgo em 25 de outubro de 1804 filho do conde Pietro e da
princesa Sofia Cherbatoff, família da mais alta aristocracia russa, benfeitora
da pátria, das artes e da cultura, foi contemporâneo a Nicola Gogol e Frojdar
Dostoievsky.
Educado
na fé cristã ortodoxa, ficou órfão de pai ainda criança, sendo educando com o
máximo cuidado por sua mãe. Completou os primeiros estudos junto aos jesuítas
de São Petersburgo e sucessivamente no colégio protestante de Hofwil (Berna –
Suíça).
Em
Pisa completa os estudos de filosofia e de economia política, como também a
língua italiana. Neste período ele próprio passa a ter uma vida de prazeres
juvenis e de vaidades.
A
sua sede de cultura o leva a Florença, a Roma e a outras cidades italianas, aos
vinte anos se casa com a princesa Sofia Soltikoff; deste matrimônio nascem três
filhos. Sofia morrerá em Veneza em 10 de fevereiro de 1841. Após a morte de sua
esposa, Agostino se aprofundou nos estudos religiosos com uma grande sede pela
verdade, lê e relê a Escritura, pela qual nutre um amor ardente, e os Padres da
Igreja. Ficou impressionado sobretudo pelo capítulo 17 do Evangelho de São
João: “Pela primeira vez compreendi que a verdade é uma e, portanto, só pode
existir uma única Igreja”.
Lia incessantemente as Confissões de
Santo Agostinho, copiava páginas inteiras. Após um período de desventuras
domesticas, ajudado por sinceros amigos ortodoxos e católicos, do Pe. G.S. de
Ravignan S.J., Gregório percorre um caminho de conversão que no dia da Epifania
de 1843, em Paris, o leva a decidir de se converter à Igreja Católica.
“De agora em diante, escreverá em
seu livro ‘A minha conversão e a minha vocação’ (Paris, 1859), a ideia do
infinito, da perfeição de Deus tornou a companheira indivisível e constante da
minha existência”. Dedica-se a uma vida de caridade entre os pobres, os
doentes, os órfãos e os encarcerados, com especial predileção pelos jovens.
Durante um curso de exercícios espirituais em Paris (1852) cresce nele o desejo
de consagrar-se a Deus na vida religiosa. Continua a cuidar da família e da
educação dos filhos Pietro e Elena. Completado o dever de pai, em 1853, em
Milão junto ao Colégio Longome, foi apresentado pelo amigo Emilio Dándalo ao
Superior Provincial dos Barnabitas Pe. Alessandro
M. Piantoni, com o qual estreita uma profunda amizade. Em 17 de janeiro de 1857
entra no noviciado de Santa Maria in Carrobbiolo de Monza, onde em 26 de
fevereiro recebe o hábito barnabitico e muda o nome de Gregório por Agostinho.
Se distingue por humidade, grande alegria e generosidade, sendo modelo de
oração e de vida regular.
Sente uma grande paixão por sua
pátria e por sua Igreja de origem, oferece orações e sacrifícios. Nutria um
amor terno à Mãe de Deus, celebres são estas suas palavras: “ Sim, Maria será o
fio que unirá as duas Igrejas e que fará de todos aqueles que a amam um povo de
irmãos”.
Em 02 de março de 1857 emite a
profissão religiosa, em 18 de setembro de 1857 é ordenado sacerdote em Milão
pelo Monsenhor Ângelo Ramazzotti, bispo de Pavia (depois será Patriarca de
Veneza). Celebra sua primeira missa em 19 de setembro na capela do ColégioLongone
assistido pelo Pe. Alessandro M. Piantoni e pelo noviço Don Cesar M. Tondini. (Don
Cesar M. Tondini, será um grande colaborador e continuador de Pe. Agostinho em
favor da unidade entre as Igrejas Católica e Ortodoxa).
Um
mês depois parte para Paris, onde funda a Associação de Orações à Virgem Mãe de
Deus para a união das Igrejas (Católica e Ortodoxa Russa). Segue um período
empenhado de zelo apostólico: direção espiritual, confissões, pregações,
aberturas de casas da Ordem na França. Mas o mais vivo dos seus desejos era
pela unidade cristã pela qual três vezes ao dia oferecia a sua vida à Trindade,
chegando por fim a dizer: “Espero que um dia a minha Congregação tenha diante
de Deus e na Igreja este mérito”.
Pio IX em uma audiência lhe disse:
“Tu es vir desideriorum (És um homem de desejos). O teu desejo se cumprirá”.
Agostinho morre em Paris no dia 02 de abril de 1859 murmurando: “Rezem pela
Rússia!”, em toda a Paris o consideravam um santo.
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