A Pastoral da Saúde, de acordo com as diretrizes da CNBB, é a ação
evangelizadora "de todo o povo de Deus, comprometido a defender, promover,
preservar, cuidar e celebrar a vida, tornando presente na sociedade de hoje a
missão libertadora de Cristo no mundo da saúde". É com esse espírito de
cuidado, de zelo, atenção, carinho e um amor verdadeiro do Cristo Crucificado
Vivo que realizamos essa missão tão nobre, que o próprio Cristo declara: “Não são os que têm saúde que necessitam de
médico, mas, sim, os enfermos” (Mc 2,17). Levamos a esses que se encontra nos
leitos dos hospitais, (e muitos deles sem parentes como acompanhantes), essa
mensagem de conforto, para que através do sofrimento físico possam rever sua
vida e alcançarem também a cura da alma.
A missão do Barnabita, como nosso fundador, Santo Antonio Maria
Zaccaria, deixou em seus escritos; ensina-nos que para chegarmos a Deus é
preciso que tenhamos o próximo conosco. Quem é esse próximo? O próximo é
encontrado em todas as realidades humana! E nesse caso o próximo está nos
leitos, precisando de atenção e de uma palavra de conforto. Muitos deles só
precisam de alguém para ouvi-los e assim poder sentir mais alívio de suas
dores. Santo Antonio Maria Zaccaria, na sua constituição diz: “Atendam e
assistam os doentes com todo cuidado. Nisso, o superior evite a negligência; se
ele tiver saúde e estiver em casa, deve visitar pessoalmente, todos os dias,
aquele ou aqueles que estiverem acamados e use de todos os meios possíveis para
aliviá-los e confortá-los, com palavras e gestos”. (30601)
O profeta Jeremias aponta:“Eis que farei cicatrizar o teu ferimento e
curarei todas as tuas feridas, garante Yahweh”
(Jr 30,17). A nossa missão não é apresentar um Deus curandeiro, muito menos
propagar a lei da retribuição, mas dizer que esse Senhor é o Deus que tudo
pode; mas aquilo que Ele faz tem uma razão, por isso a necessidade do ouvir
nosso irmão e nossa irmã enferma para que então possamos orientar em buscar
entender o que Deus deseja através daquela enfermidade. Não vamos com respostas
prontas ou textos sagrado prontos, mas o ouvir e entender é que nos leva a
indicar algo para o conforto e ao mesmo tempo alimentar a fé, tanto deles como
também a nossa. E ao final, que nós possamos cantar juntos com o salmista: “Tem
piedade de mim, ó SENHOR, pois estou perdendo as forças. Cura-me, SENHOR” (Sl
6, 2).
Por: Bruno Cruz, estudante barnabita