Na catequese de hoje, Papa se concentrou na
história do cego de Jericó para falar sobre a luz da misericórdia.
O tema central da catequese do Papa Francisco, nesta
quarta-feira, 15, foi a luz da misericórdia. Francisco desenvolveu a reflexão
semanal com os fiéis a partir do episódio bíblico da cura do cego de Jericó.
“A
figura desse cego representa tantas pessoas que, também hoje, encontram-se
marginalizadas por causa de um problema físico e ou de outro gênero”, disse
Francisco. Na beira da estrada, o cego é apartado e reprovado pela multidão,
porque clama por Jesus. As pessoas não tiveram compaixão com ele e se
incomodaram com seus gritos.
“Quantas vezes vemos nas ruas pessoas doentes, sem comida, e nos
sentimos incomodados! Vemos refugiados e isso nos incomoda. É uma tentação que
todos temos, até eu. Por vezes, a indiferença e a hostilidade se transformam em
agressão e insulto. ‘Mandem embora essa gente’.” A indiferença e a hostilidade
tornam cegos e surdos, impedem de ver os irmãos e não permitem reconhecer neles
o Senhor”.
O
Papa ressaltou, porém, que o cego não se deixou intimidar e, reconhecendo Jesus
como o Messias aguardado, clamou por Ele várias vezes. Diferente da multidão,
esse cego viu com os olhos da fé, ressaltou o Papa. Foi graças a essa fé que a
sua súplica teve eficácia: Jesus tirou o cego da margem da estrada e o colocou
no centro da atenção dos seus discípulos e da multidão. “Pensemos em nossas
situações ruins, de pecado: Jesus segura a nossa mão e nos conduz ao caminho da
salvação”.
Desse
modo, Jesus faz com que todos se conscientizem de que a Boa Nova implica
colocar no centro do próprio caminho quem está excluído. “A passagem do Senhor
é um encontro de misericórdia que reúne todos em volta d’Ele, para permitir
reconhecer quem necessita de ajuda e consolação”, disse o Papa.
Graças
à fé, o cego recupera a visão e, sobretudo, sente-se amado por Jesus. Por isso,
decide segui-Lo, faz-se discípulo. “De mendigo a discípulo. Todos nós somos
mendicantes, passamos de mendigos a discípulos.”
Aquele
que a multidão queria calar agora testemunha, em alta voz, o seu encontro com
Jesus de Nazaré, explicou o Santo Padre. Verifica-se, então, um segundo
milagre: a cura do cego permite que também a multidão veja além das aparências.
“Assim Jesus derrama a sua misericórdia sobre todos os que encontra: chama-os,
reúne-os, cura e ilumina-os, criando um novo povo que celebra as
maravilhas do seu amor misericordioso. Mas deixemos que Jesus nos cure e
perdoe. Sigamos o Senhor”, concluiu o Papa.