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A alternativa de Jesus

29 de setembro de 2015

Certamente volver o olhar a Jesus é, sobretudo, uma vivência de fé. Aproximar-se de Cristo é a tarefa mais importante da Igreja. Podemos estar fazendo muitas e boas atividades, porém nas próximas décadas nada será mais importante do que aproximarmo-nos de Cristo. A situação da Igreja exige uma conversão sincera a Jesus Cristo.
Tentaremos resumir em poucas palavras a proposta de Jesus, a partir da sua mensagem. Nosso objetivo é apresentar Jesus na condição de quem impulsiona para uma forma nova e diferente de viver. Vejamos: a) sua experiência de Jesus, b) o seu relacionamento humano, c) a proposta de construção de um mundo novo.
Tenhamos em conta os seguintes pontos:
1)   Jesus inspirador de um projeto renovador. Quando Jesus aparece nos evangelhos, vemo-lo impulsionando, inspirando e motivando um projeto para mudar o mundo. Constatemos a situação da Galileia no séc. I: fome, injustiça, exploração, sistema opressor dos romanos, elitismo religioso, etc. Nada igual à nossa época? Certamente, na época de Jesus não existia separação entre Estado e Religião, tudo isso estava misturado. Não havia uma constituição como a que hoje conhecemos, somente existia a Torah. Constatando tal situação, podemos considerar Jesus como um profeta que apareceu, alguém que vivia de forma diferente, a partir da sua experiência de Deus, a quem Ele chamava de “Abbá”. Desse modo, Jesus criou uma nova maneira de entender a vida, que hoje herdamos na Igreja.
2) Anúncio de um novo acontecimento, o Reino de Deus. Bem sabemos que Jesus não foi um escriba ou mestre da lei. Ele nunca se dedicou em explicar doutrinas ou conceitos sobre YHVH. Ele anunciava um fato, um acontecimento que precisava ser acolhido, porque podia mudar tudo. O evangelho de Marcos o expressa muito bem: “O tempo já se completou e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede no Evangelho!” (Mc 1,15). É o núcleo da pregação de Jesus e significa que Deus quer dirigir, orientar e transformar a vida dos homens para que seja melhor. Portanto se houver necessidade de mudança de pensamento, de atitude, etc., por onde e quando começar? Tudo o que Jesus nos disse é que Deus está muito próximo, não fala de profundas doutrinas. Em concreto, a primeira coisa que devemos entender de Jesus é o seu anúncio do Reino de Deus, que é o coração da sua mensagem. O RD não é uma religião, vão muito além das crenças, ritos, preceitos da religião. Porque o RD é viver Deus de uma forma próxima e transformante, assim o trabalho da Igreja é estar ao serviço deste projeto.
3) A vida tal como Deus a deseja.  Jesus nunca explicou com conceitos o que é o Reino de Deus. Jesus ensina com imagens, metáforas e boas palavras. O que nos diz é como Deus age. Então para Jesus o RD é a vida organizada tal como Deus deseja. No coração de Jesus existia um forte desejo de que Deus reinasse e o RD fosse um espaço sem o domínio de falsas ambições e esforços vãos para obter riquezas. Jesus vai além das estruturas religiosas e politicas. O Deus da compaixão não reina como pensam os homens. As pessoas do povo se perguntavam muito, sem logo compreender a novidade. Não conheciam outro poder a não ser o de Império Romano. Que significa este anuncio? Qual é esta novidade? De onde procede tal autoridade? Deus não está preocupado com riqueza, honras, mas em se compadecer compadecendo-se com os últimos, os esquecidos e desconhecidos.

                                                                                                                                         Autor:




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