O núcleo da vida cristã está no
serviço ao próximo. Jesus disse que não veio para ser servido, mas para servir.
Os padres vivem para servir na alegria do evangelho. Como é bom ver na face do
sacerdote o esplendor do rosto de Deus! Lembra Moisés descendo do Monte Sinai.
Quando falamos de alegria não dispensamos o cansaço e o sacrifício.
A vida do padre é uma vida ocupada,
pois quem serve de verdade nunca está à toa. Nossos padres trabalham muito e
com muita disposição e alegria. Isto é um dom de Deus, ao qual nunca
conseguimos agradecer à altura. Como é bom participar da eucaristia bem rezada,
rezada com fervor, quando a gente percebe que o padre está realmente cheio de
unção, conversando pausadamente com o Deus Altíssimo, com respeito à dignidade
e majestade do criador de todas as coisas e redentor do mundo. Todos os fiéis
facilmente entram na atmosfera do divino e voltam para casa, alimentados,
felizes e cheios de Deus.
Nossa vida de homens de Deus
deve transparecer em todas as nossas ações, não apenas nas ações sacramentais.
Como é bom a gente sentir que a graça de Deus, que alimenta a vida do povo,
passa através de nossos gestos e palavras. É, realmente, um grande mistério!
Somos um precioso tesouro em vasos de barro. A alegria de viver o sacerdócio é
contagiante e facilita aos jovens a descoberta do chamado de Deus. As vocações
nascem quando um jovem capta a beleza de Deus a partir da vivência eucarística
na vida do seu pároco ao longo do dia.
Dom Emanuel Messias de Oliveira
Bispo de Caratinga (MG)
fonte: cnbb.org.br