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A consciência de Jesus

11 de maio de 2015

Não há duvidas quanto à consciência que Jesus tinha da sua relação filial com o Pai, confirmada pela sua contundente declaração: “Eu e o Pai somos um” (Jo 10,30), que aponta para a sua singular relação com Deus, na condição de Filho único (Jo 1,14). Prova disto é, em primeiro lugar, o fato de que a Santíssima Trindade caracterizou com a sua presença o seu batismo, manifestação aberta de Jesus na condição de Filho de Deus e Messias. O atestam as palavras que o Pai pronuncia: “Este é o meu filho amado; a ele ouvi” (Mc 9,7). Por conseguinte, a vida de Jesus estava permeada por uma relação íntima com o Pai. A esse respeito, Joachim Jeremias (1974, pg. 77) afirma:
Si ya era algo completamente inusitado el que Jesús se dirigiese a Dios como «Padre mío», habrá que decir lo mismo plenamente acerca del uso de la forma aramea 'Abba. Es verdad que esta forma sólo se nos transmite expresamente en Mc 14, 36. Pero hay dos observaciones que nos convencen de que Jesús, en todas sus demás oraciones, utilizaba esta forma 'Abba como invocación para dirigirse a Dios.
            Em segundo lugar, temos o fato de que Jesus sabia que sua missão consistia em anunciar o Reino de Deus e tornar este ‘kerigma’ cada vez mais presente no mundo. Fato que o levou a oferecer a sua vida para a salvação dos homens, tornando, desse modo, próxima a vinda do Reino de Deus, por ele estar, desde já, no meio das pessoas porque os demônios estão expulsos e os pecados estão perdoados. Por isso, também, Jesus ensina como orar por sua vinda (Lc 11,2) e radicaliza, pedindo vigiar e estar atentos (Mt 25,1-13). Este reino não é fruto de uma vontade humana, é fruto de uma iniciativa divina. É Deus que espalha sua semente, enquanto o homem é chamado a orar, buscar e estar preparado (Lc 12,35-37). A semente cresce por virtude e graça divina. Provam-no as metáforas e parábolas que apontam para a Basileia como saúde futura da humanidade.
            Em terceiro lugar, para levar a termo sua missão salvadora, Jesus escolheu homens para que o seguissem. Pelos evangelhos podemos constatar como estas testemunhas foram interpretando os sinais que Jesus deixou, visando, após Páscoa e Pentecostes, constituir a Igreja que ele quis fundar.           
Quarto, a consciência que tem Cristo de ser enviado pelo Pai para a salvação do mundo e para a convocação de todos os homens implica, misteriosamente, o amor de todos os homens, de maneira que todos podemos dizer “o Filho de Deus me amou e entregou a sua vida por mim”. (Recomendo ler o documento da Comissão Teológica Internacional sobre A consciência de Jesus, 17 de julho de 1986).
 Por:
 


 Referências bibliográficas:
BÍBLIA SAGRADA – Tradução da CNBB – Editora Canção Nova, 2012.
JOACHIM, Jeremias. Teo

logia del Nuevo Testamento. Salamanca: Sígueme, 1974.

TERRA, Joao. Cristo em Marcos. Saõ Paulo: Ed. Loyola, 1997.
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