O religioso para trabalhar segundo a sua
Ordem no divino serviço e ajuda ao próximo, deve olhar o voto de obediência
conforme o Senhor vai lhe mostrando no processo de discernimento. Desse modo, o
consagrado se torna um anjo, rápido, quando enviado por Deus, qualquer que seja
o lugar para onde Ele o envie.
Por conseguinte, a obediência não pode ser
observada como obrigação, mas, sim, como vontade de Deus, manifestada por meio
dos Superiores, tendo em conta os olhos de Deus, por quem agimos. Assim, é
fundamental o espírito de amor e não de temor, como diz 1Jo 4:18 “No amor não
há temor, antes o perfeito amor lança fora o temor; porque o temor tem consigo
a pena, e o que teme não é perfeito em amor”. De fato, quando o Superior quer
ajudar a cumprir as Constituições quer nos ajudar a nos aperfeiçoar, auxiliados
pela graça divina.
Pelo voto de obediência, o consagrado está aberto
à voz de Cristo, (porque ele é o motivo do nosso agir). Deixa de lado seus
projetos particulares para, sobretudo, se dispor a promover em si o projeto
divino. Desse modo, o obediente torna-se uma pessoa que vive a alegria
espiritual, porque persevera nos mandamentos do Senhor.
Evidentemente, a obediência deve ser bem
entendida e assumida com liberdade interior. Não deve ser executada por temor.
De fato, quem obedece por mera obrigação está auto enganando-se.
Não existe nenhum segredo para obedecer.
Aprende-se a obediência obedecendo. O consagrado, exercitado a ter grande
reverencia e espírito de caridade, considerando os Superiores como padres
espirituais, agirá com muita confiança e transparência, em resposta à vocação.
Em resumo, “pelo voto de obediência,
dedicamos livremente a Deus, como imitadores de Cristo, a nossa vontade, a fim
de prendê-la de modo mais íntimo à sua e, para oferecer-nos na qualidade de
colaboradores da sua obra de salvação. Por conseguinte, comprometemo-nos a
obedecer aos Superiores legítimos, segundo os preceitos das Constituições”
(Const. 80).