Devido
ao anúncio da canonização dos pais de Santa Teresa de Lisieux, surge a
curiosidade de saber quantos outros santos casados estão nos altares. Conheça
quem são eles, o que fizeram para vencer as crises que às vezes se apresentam
nos casamentos e como deram a vida pela fé.
O
caminho à santidade é possível na vida conjugal. Exemplo disso são, em primeiro
lugar, a Santíssima Virgem Maria e
seu esposo São José, que são parentes de São Joaquim e Santa Ana, pais da
Virgem.
No
início do cristianismo há uma lista numerosa de casais que foram martirizados,
como os cônjuges Áquila e Priscila, colaboradores do apóstolo Paulo e por cuja
proteção expuseram suas próprias vidas.
No
século VII na Bélgica estão São Vicente e Santa Valdetrudis, pais de quatro
filhos também santos: Landerico (Bispo de Paris), Dentellino (que morreu
jovem), Aldetrudis e Madelberta (abadessas do mosteiro de Maubeuge).
Do
mesmo modo, Santa Valdetrudis provém de uma família em que Walberto e Bertilia,
seus pais, também são santos, assim como a sua irmã Santa Aldegundis.
No
século XII está São Isidro Lavrador junto com a sua esposa Santa Maria da
Cabeça. Diz-se que certo dia eles estavam no campo e seu filhinho caiu em um
poço muito profundo. Como não conseguiram resgatá-lo, ajoelharam-se e começaram
a rezar. De repente, as águas começaram a subir e o menino apareceu sem nenhum
arranhão.
Entre
os mais atuais se venera no Brasil os beatos mártires Manuel Rodrigues Moura e
a sua esposa, vítimas da opressão que se desencadeou contra a fé católica
(1645). Junto a eles estão muitos casais mártires no Japão e Coréia.
No
mês de outubro está prevista a canonização de Louis e Zelie Martin, pais de
Santa Teresinha do Menino Jesus, justamente no marco do Sínodo da Família no
Vaticano. O caminho aos altares destes esposos foi mais rápido que o dos
cônjuges Luigi e Maria Beltrame Quattrochi, beatificados em outubro de 2001.
Sobre
a convivência dos esposos, o Papa Francisco disse em 2014 que há três palavras
que devem guiar o seu caminho: com licença, obrigado e desculpas.
“’Com
licença’: para não ser invasivo na vida do cônjuge. Com licença, mas o que te
parece? Com licença, permita-me. ‘Obrigado’: agradecer ao cônjuge; agradecer
por aquilo que fez por mim, agradecer por isto. Aquela beleza de agradecer! E
como todos nós erramos, aquela outra palavra que é um pouco difícil de dizê-la,
mas é preciso dizê-la: ‘desculpa’”, afirmou o Pontífice.
“Com
licença, obrigado e desculpa. Com estas três palavras, com a oração do esposo
pela esposa e vice-versa, com fazer as pazes sempre antes que termine o dia, o
matrimônio seguirá adiante”, animou.
Fonte: acidigital.com