No Capítulo Geral de 1614 os Barnabitas erigiram como
grande estatua espiritual o incansável bispo São Carlos Borromeu, memória
fecunda que celebramos hoje.
Carlos nasceu em 1538. Sobrinho do papa Pio IV, foi feito
cardeal-diácono com apenas 21 anos e escolhido pelo tio como secretário de
Estado. Viveu entre o período conturbado da História Eclesiástica das reformas
protestantes e dos exageros do papado italiano, sendo um dos únicos cardeais-sobrinho
honrado pelo título da santidade.
Carlos Borromeu ficou a frente de sua diocese até sua
morte aos 46 anos, fazendo-se presente em toda parte, trazendo um único lema:
“Humildade”. Ele, nobre e riquíssimo, privava-se de tudo e vivia em contato com
o povo para escutar-lhe as necessidades e as confidências. Conta-se que gostava
de ir com frequências às casas de nossa Congregação e que se fazia presente na
organização do refeitório de maneira muito humilde e serviçal. Definiram-no
como o pai dos pobre e padroeiro secundário da Ordem.
Prodigalizou seus bens na
construção de hospitais, albergues, confiando grande parte de suas obras aos
Barnabitas e às Ir. Angélicas, em que se referia a essas como “as pedras preciosas da sua mitra” (SISNANDO,
1976). Borromeu empenhou-se também em levar à frente as reformas sugeridas pelo
Concílio de Trento, do qual foi um dos principais autores. Seus principais
colaboradores Barnabitas foram:
· Pe.
João Pedro Besozzi, colaborador das reformas dos mosteiros
femininos.
· Pe.
Gregório Asinari, colaborou ativamente nas visitas
arcebispais.
· Pe.
Jerônimo Marta, colaborou no melhoramento do clero de
Milão.
· Pe.
Paulo Omodei, foi censor dos textos teatrais do
arcebispado.
· Santo
Alexandre Sauli, foi confessor, conselheiro e auxiliar no
apostolado do Cardeal.
São Carlos Borromeu morreu a 3 de novembro de 1584,
depois de ceder ao peso das tamanhas fadigas da Reforma.
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