Depois da missa que
marcou o início da 51ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do
Brasil (CNBB), aconteceu no plenário do Centro de Eventos Padre Vítor Coelho de
Almeida a cerimônia de abertura solene do encontro.
A
cerimônia, realizada na manhã desta quarta-feira, 10 de abril, contou com a
presença do prefeito de Aparecida (SP), Márcio Siqueira; o
vice-presidente da CNBB, dom José Belisário; o Núncio Apostólico, dom Giovanni
D’ Aniello; o presidente da CNBB, dom Damasceno; o secretário geral da
CNBB, dom Leonardo Steiner; reitor do Santuário Nacional, padre Domingos Sávio
e demais arcebispos e bispos participantes da Assembleia.
O
cardeal arcebispo de Aparecida e presidente da CNBB, Dom Raymundo Damasceno,
fez a saudação abrindo Assembleia Geral e acolheu ao Núncio Apostólico, Dom
Giovanni D’Aniello, ao Mons. Gianluca Perici, primeiro secretário da
Nunciatura.
Dom
Damasceno saudou também todos os membros da CNBB, os cardeais, arcebispos,
bispos, administradores diocesanos; os arcebispos e bispos eméritos, assessores
e assessoras da CNBB e ao reitor e funcionários do Santuário que colaboram com
a Assembleia.
“No
começo de todos os nossos trabalhos, esse ato solene – pelo qual nos associamos
à oração de Nosso Senhor - manifesta nossa convicção de que acima de tudo e no
princípio de todas as nossas ações, está o amor de Deus”, afirmou Dom
Damasceno.
O
cardeal destacou que este acontecimento anual, aguardado por todos com alegre
expectativa, é uma experiência de partilha fraterna, oração, estudo e reflexão,
que fortalece a comunhão dos bispos entre si e com o sucessor de Pedro, para
melhor servir as Igrejas particulares.
Sobre
o tema central da Assembleia “Comunidade de comunidades: uma nova Paróquia”,
dom Damasceno afirmou que a atenção da Conferência volta para essa mais que
milenar instituição, na qual se desenvolve o dia a dia da vida da quase
totalidade dos católicos. À luz da Conferência Geral do Episcopado
Latino-Americano e do Caribe, que se realizou aqui em Aparecida, no ano de
2007, aprofundaremos a reflexão a respeito das implicações da “conversão
pastoral”.
“Promover
cada vez mais a vida comunitária em nossas paróquias e seu dinamismo
missionário é o desafio que se nos apresenta nesta hora. Para isso, nós precisamos
ter a coragem de fazer as modificações necessárias nas estruturas paroquiais,
tomando como pontos de referência fundamentais: Jesus Cristo e seu estilo de
atuação, os desafios e sinais dos tempos atuais e a rica história da Paróquia”,
afirmou.
Dom
Damasceno afirmou que hoje os bispos discutem o projeto do Diretório para a
Comunicação da Igreja no Brasil. O projeto que nos é apresentado é fruto de
reflexão e de diálogo, no qual têm tomado parte leigos, diáconos, presbíteros e
bispos. Ele é fruto ainda da colaboração de pesquisadores e intelectuais.
“Colocamo-nos
diante de um aspecto importante da missão da Igreja em uma sociedade
influenciada fortemente pelas comunicações sociais. A questão agrária no Brasil
ocupará uma vez mais a atenção de nossa Conferência. Historicamente, este é um
tema ao qual temos voltado repetidas vezes”.
Para
dom Damasceno neste momento da história da Nação, essa questão assume contornos
muito peculiares que importa conhecermos bem.
“É
nossa intenção contribuir para a reflexão hodierna sobre a questão agrária e
para a superação dos problemas e dos conflitos que aí existem há muito tempo e
que hoje assumem características ainda mais graves e urgentes”. Dom Raymundo
falou também com especial atenção sobre a Jornada Mundial da Juventude, que
acontecerá em julho no Rio de Janeiro.
“A
etapa final da preparação para a Jornada pede de nós que intensifiquemos as
orações e os trabalhos, para que a Juventude mundial que aqui virá, ou que nos
acompanhará pelos meios de comunicação, tenha uma oportunidade singular de
encontro com Cristo e com a Igreja. Ainda mais, a realização da Jornada Mundial
da Juventude nos dará a oportunidade de receber o Papa Francisco, o primeiro
Papa latino-americano a nos visitar”.
Diversos
outros temas e atividades estão em programa da Assembleia, como o Retiro,
comunicações do Secretariado Geral e das Comissões Episcopais de Pastoral e dos
Grupos de Trabalho, o encontro das Comissões Episcopais de Pastoral com os
Bispos Referenciais dos Regionais, comunicado sobre a 13ª Assembleia Geral do
Sínodo dos Bispos, o lançamento de uma nova versão, comentada, do Código de
Direito Canônico – na comemoração dos 30 anos de sua promulgação, o lançamento
de uma edição revisada do Catecismo da Igreja Católica, e diversos outros temas.
“Esta
Assembleia Geral se realiza no contexto do Ano da Fé – que vai até a festa de
Cristo Rei deste ano (24 de novembro) – e do cinquentenário do Concílio
Ecumênico Vaticano II. O Ano da Fé foi querido por Bento XVI, agora Bispo
Emérito de Roma, para avivar em todos nós a consciência da centralidade da fé
na vida da Igreja e para redespertar o entusiasmo de evangelizar”, finalizou o
cardeal.
Fonte: cnbb.org.br