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XIII Domingo do Tempo Comum

24 de junho de 2011

Caríssimos irmãos e irmãs,
Saudações no Cristo Crucificado!
Nas leituras deste domingo cruzam-se vários temas. No geral, as três textos apresentam uma reflexão sobre alguns aspectos do discipulado. Fundamentalmente, diz-se quem é o discípulo (é todo aquele que, pelo batismo, se identifica com Jesus, faz de Jesus a sua referência e o segue) e define-se a missão do discípulo (tornar presente na história e no tempo o projeto de salvação que Deus tem para os homens).
Na primeira leitura mostra-se como todos podem colaborar na realização do projeto salvador de Deus. De uma forma direta (Eliseu) ou de uma forma indireta (a mulher sunamita), todos têm um papel a desempenhar para que Deus se torne presente no mundo e interpele os homens.
A segunda leitura recorda que o cristão é alguém que, pelo Batismo, se identificou com Jesus. A partir daí, o cristão deve seguir Jesus no caminho do amor e do dom da vida e renunciar definitivamente ao pecado.
O Evangelho é uma catequese sobre o discipulado, com vários passos. Num primeiro passo, define o caminho do discípulo: o discípulo tem de ser capaz de fazer de Jesus a sua opção fundamental e seguir o seu mestre no caminho do amor e da entrega da vida. Num segundo passo, sugere que toda a comunidade é chamada a dar testemunho da Boa Nova de Jesus. No terceiro passo, promete uma recompensa àqueles que acolherem, com generosidade e amor, os missionários do “Reino”.
Jesus não é um que faz promessas fáceis e cuja preocupação é juntar adeptos ou atrair multidões a qualquer preço. Ele veio ao nosso encontro com a novidade de salvação e de vida plena; no entanto, essa novidade implica uma adesão séria, exigente, radical, sem “paninhos quentes”. O caminho de Jesus não é um caminho de “massas”, mas um caminho de “discípulos”: implica uma adesão incondicional ao “Reino”, à sua dinâmica, à sua lógica; e isso não é para todos, mas apenas para os discípulos que fazem, séria e conscientemente, essa opção.
 Dentro do quadro de exigências que Jesus apresenta aos discípulos, sobressai a exigência de preferir Jesus à própria família. Isso não significa, evidentemente, que devamos rejeitar os laços que nos unem àqueles que amamos. No entanto, significa que os laços afetivos, por mais sagrados que sejam, não devem afastar-nos dos valores do “Reino”.
Às vezes, as pessoas procuram os ritos cristãos por tradição, por influências do meio social ou familiar, porque “a cerimônia religiosa fica bonita nas fotografias”. Sem recusarmos nada devemos, contudo, fazê-las perceber que a opção pelo batismo ou pelo casamento religioso é uma opção séria e exigente, que só faz sentido no quadro de um compromisso com o “Reino” e com a novidade de Jesus. Integrar a comunidade cristã é assumir o imperativo do testemunho. Assim, devo sentir verdadeiramente que isso é algo que me diz respeito – seja qual for o lugar em que ocupamos na organização da comunidade.
 Como é que na nossa comunidade são vistos aqueles que se doam de forma mais plena e mais total ao anúncio do Evangelho: são reconhecidos e apoiados, ou são injustamente criticados e vítimas de maledicências, invejas e ciúmes?

Por: André Carlos Morais Carvalho (Aspirante Barnabita da Comunidade São Barnabé, São Paulo-SP).
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