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II Domingo da Páscoa

30 de abril de 2011

Queridos Irmãos e irmãs,
“Cantai ao Senhor porque ele fez maravilhas”
A liturgia deste domingo nos apresenta essa comunidade de homens novos que nasce da cruz e da ressurreição de Jesus: a Igreja. A sua missão consiste em revelar aos homens a vida nova que brota da ressurreição.
Na primeira leitura temos, na “fotografia” da comunidade cristã de Jerusalém, os traços da comunidade ideal: é uma comunidade fraterna, preocupada em conhecer Jesus e a sua proposta de salvação, que se reúne para louvar o seu Senhor na oração e na Eucaristia, que vive na partilha, na doação e no serviço, e que testemunha – com gestos concretos – a salvação que Jesus veio propor aos homens e ao mundo.
A segunda leitura recorda aos membros da comunidade cristã que a identificação de cada crente com Cristo – nomeadamente com a sua entrega por amor ao Pai e aos homens – conduzirá à ressurreição. Por isso, os crentes são convidados a percorrer a vida com esperança (apesar das dificuldades, dos sofrimentos e da hostilidade do “mundo”), de olhos postos nesse horizonte onde se desenha a salvação definitiva.
Já o evangelho nos ensina que a comunidade cristã gira em torno de Jesus, constrói-se à volta de Jesus e é dele que recebe vida, amor e paz. Sem Jesus, estaremos secos e estéreis, incapazes de encontrar a vida em plenitude; sem ele, seremos um rebanho de gente assustada, incapaz de enfrentar o mundo e de ter uma atitude construtiva e transformadora; sem ele, estaremos divididos, em conflito, e não seremos uma comunidade de irmãos. Na nossa comunidade, Cristo é verdadeiramente o centro? É para ele que tudo tende e é dele que tudo parte?
A comunidade tem de ser o lugar onde fazemos verdadeiramente a experiência do encontro com Jesus ressuscitado. É nos gestos de amor, de partilha, de serviço, de encontro, de fraternidade, que encontramos Jesus vivo, a transformar e a renovar o mundo. É isso que a nossa comunidade testemunha? Quem procura Cristo, encontra-o em nós?
Não são em experiências pessoais, íntimas, fechadas e egoístas que encontramos Jesus ressuscitado; mas o encontramos no diálogo comunitário, na Palavra partilhada, no pão repartido, no amor que une os irmãos em comunidade de vida.

Por: André Carlos Morais Carvalho (Aspirante Barnabita da comunidade São Barnabé, São Paulo-SP).
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