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ANO MARIANO: Maria nas Igrejas ortodoxas

27 de novembro de 2017

Sem entrar em detalhes, há três grandes grupos de Igrejas cristãs no mundo: a Católica, as ortodoxas e as protestantes. As Igrejas ortodoxas partilham muitos elementos conosco. Estão presentes sobretudo no Oriente (Europa oriental e Ásia). Separaram-se da Igreja Católica no ano 1054, devido a diferenças de cultura e de doutrina. Hoje agrupam aproximadamente 250 milhões de fiéis. Elas também professam a comunhão dos santos e cultivam uma grande devoção a Maria. Cultivam práticas devocionais marianas diferentes das dos ocidentais. No seu calendário litúrgico, têm várias festas e solenidades marianas.
Os ortodoxos não possuem imagens de santos em forma de estátuas, e sim ícones, pinturas religiosas sobre a madeira que obedecem a técnicas e padrões definidos, transmitidos no correr de muitos séculos. Os ícones marianos não são retratos de Maria, e sim uma expressão simbólica e orante. Vale a pena conhece-los, admirá-los e rezar com eles, como os ícones daquela que conduz a Jesus, da Mãe da ternura, de Maria orante, da Mãe que amamenta, da Virgem do sinal, da Maria Rainha e da Mãe da Paixão (conhecida no Ocidente como Nossa Senhora do Perpétuo Socorro). E também os ícones sobre Jesus, nos quais Maria está presente: anunciação, nascimento, visitas dos pastores e dos magos, apresentação no templo, bodas de Caná, morte na cruz, ascensão e Pentecostes.
As Igrejas ortodoxas também professam os dogmas Theotokos (Maria mãe de Deus) e da Virgindade de Maria. Quanto à Imaculada Conceição, há diferenças. Creem que Maria foi concebida com o pecado original, como qualquer outro ser humano, e então purificada por Deus. Não aceitam, enquanto dogma, a assunção. Mas professam que Maria já está glorificada junto de Deus. Há séculos têm a festa litúrgica da “Dormição de Maria”.
O que aprendemos com os ortodoxos a respeito de Maria? Uma devoção fundada nas figuras e imagens bíblicas, a centralidade de Jesus, o lugar especial de Maria na comunhão dos santos, Maria como imagem realizada da comunidade cristã e as representações simbólicas, que nos abrem ao mistério infinito de Deus.


Por: Ir. Afonso Murad
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