
São Paulo nas suas cartas aos
coríntios diz que alguns nascem para casar, outros não, e outros escolhem não
casar para se dedicarem as coisas de Deus. Eu, porém, escolho cuidar das coisas
que são próprias de Deus, sim escolho, pois, a minha escolha é feita e renovada
todos os dias. Eu poderia está escolhendo todos os dias outras coisas, como por
exemplo: seguir a carreira pública ou dá continuidade aos meus estudos de
direito, mas abri mão dessas coisas que já estavam encaminhadas na minha vida,
abri mão porque eu sentia um apelo diferente, uma inquietação que me movia, uma
voz que me chamava a navegar em outro mar, e hoje posso dizer: “não dá mais
para voltar o barco está em alto mar. ”
Decidir consagrar a sua vida ao
serviço de Deus requer coragem, sobretudo numa época em que os ventos podem
levar o nosso barco para outros rumos, uma época em que o sagrado é profanado
ou o sagrado tem se tornado apenas uma busca imediata para resolver problemas,
uma busca descompromissada. Decidi consagrar minha vida não porque não há outro
jeito de viver ou porque, talvez, não encontrei minha cara metade, decidi
dedicar minha vida ao sagrado porque acredito que Deus fez ecoar sua voz ao meu
rumo, me chamou para ser feliz na totalidade e assim antecipar aquilo que
viverei na vida eterna. Nós dessa nova geração de consagrados, teremos grandes
desafios. Precisamos nos preparar bem para dialogarmos com uma sociedade liquida
e imediatista.
Portanto, responder a voz que chama
é cantar como o salmo 112 nos convida: “A glória do Senhor vai além dos altos
céus. “ Viver a castidade, pobreza e obediência antecipa o que todos nós
viveremos na vida eterna. Lá não existirá um sistema no qual uns vivem na
riqueza e outros na pobreza. Ninguém será pai nem mãe e nem esposo e nem
esposa, mas todos viveremos de forma justa como irmãos. Essa é a promessa de
Nosso Senhor Jesus Cristo.
Bruno
Cruz. Aspirante Barnabita.