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Um estudo sobre a Carta 9 de Sto. Antônio M. Zaccaria

19 de novembro de 2015

Olá amigos e amigas!
A Carta 9 foi escrita em Guastalla no dia 10 de junho de 1539. Discursa sobre vários assuntos como: ser exemplo do Cristo Crucificado, o testemunho dos amigos, reavivar as paixões, o modo de superá-las, passar de Saulo a Paulo, as características de Saulo, as características de Paulo, exigir de si mesmo, Cristo está crucificado em nós (Escritos, p. 35).
A ideia deste artigo é tentar sintetizar o pensamento de Santo António em três pontos:

1. Uma hermenêutica aplicada à vida. O termo "hermenêutica" provém do verbo grego "hermēneuein" e significa "declarar", "anunciar", "interpretar", "esclarecer" e, por último, "traduzir". Certamente, Santo Antônio não era um exegeta dedicado ao estudo da Bíblia. Sempre, porém, tratou de entender a vida pela força da Palavra. Para isto, dedicava-se à oração e à meditação: “Saibam meu irmãos, que a meditação é a comida, é o alimento dos que querem progredir. Por isso, si vocês não se nutrirem dela, certamente sentirão faltar-lhes forças”. Tendo a Palavra como luz, toda nossa existência vai ter um sentido diferente. Por tal motivo torna-se necessário comunicarmos primeiramente com Deus, em nosso trabalho (cf. Const. XVIII, 31815).
SAMZ considera a grande atitude que teve Barnabé com Saulo quando o introduziu na primitiva comunidade cristã: “Tendo Saulo chegado a Jerusalém, procurava juntar-se aos discípulos; mas todos o temiam, não crendo que fosse discípulo. Então Barnabé, tomando-o consigo, o levou aos apóstolos, e lhes contou como no caminho ele vira o Senhor e que este lhe falara, e como em Damasco pregara ousadamente em nome de Jesus” (At 9,26-27). Na véspera da festa de São Barnabé, o médico das almas destaca a influência de Barnabé na comunidade: ele foi como uma ponte ou intercessor para Saulo (cf. 10901 até 10903). Não fosse por Barnabé, talvez, não teríamos um Paulo.
Por outro lado, o Reformador dos costumes (a partir de 10904) vai aplicar o texto à vida cotidiana, constatando a necessidade de deixar os hábitos antigos: primeiras inclinações, as nossas Paixões (cf.10905, 10906,10907,10908).

2. Salvar a proposição do próximo. SAMZ defende Paula Antônia. Até, proíbe que ela seja criticada (cf. 10909, 10911). Ele resgata, além do mais, a riqueza e a maneira particular de servir na missão (cf. 10912).
Nem todas às vezes coincidirão as nossas opiniões, atitudes, ideais e conceitos com os dos outros. De certo, um olhar positivo pode mudar as relações por criar um clima fraternal: valorizando e aceitando a presença das pessoas. Sendo assim, seremos sinais do Reino de Deus no meio do povo.

3. A santidade vivida de maneira interna e externa (cf. 10909). Ela exige um trabalho de interiorização dos acontecimentos para procurar sempre o benefício dos outros, dando bom exemplo seja com palavras, como com as obras (cf. 10910).
Pela Carta 9, compreendemos, em particular, como fazer uma hermenêutica aplicada à vida, tal qual fez SAMZ. Seguindo o seu exemplo, descobriremos os sinais da obra de Deus, evitando toda observação superficial (exterioridade) e valorizando o que está no coração das pessoas. Teremos uma óptica iluminada pelo Espírito.
Autor:
 
                                                                                                                         
                                                                                               




Bibliografia

Bíblia Tradução Ecuménica. TEB. - São Paulo : Loyola, 1994.
Escritos (texto atualizado). ZACCARIA Antônio Maria. - Belo Horizonte : FUMARC, 2010.


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