No
Novo Testamento é narrada a ressurreição de Jesus como um acontecimento
totalmente original e único, em comparação aos outros relatos como o Lázaro, o
filho da viúva de Naín, porque eles foram glorificados, mas voltaram a morrer.
Jesus é apresentado como quem vence a morte, é a mesma intervenção divina sobre a humanidade, por conseguinte, a ressurreição passará a ser a maior verdade cristã. E, além disso, nenhuma cristologia poderá discutir este fato. As provas da ressurreição corporal de Jesus são sólidas, mesmo que sejam cientificamente improváveis.
Jesus é apresentado como quem vence a morte, é a mesma intervenção divina sobre a humanidade, por conseguinte, a ressurreição passará a ser a maior verdade cristã. E, além disso, nenhuma cristologia poderá discutir este fato. As provas da ressurreição corporal de Jesus são sólidas, mesmo que sejam cientificamente improváveis.
Posturas contra a
ressurreição
A
crítica racionalista do século XIX considerou o evento da ressurreição como um mito, uma fraude inventada pelos apóstolos,
contudo não é nenhuma novidade esta afirmação já que no século I, supostamente,
os apóstolos teriam roubado o corpo (cf. em Mt 28, 13).
No
século XX de novo se observou um descrédito na ressurreição pelo fato de se ter
feito um estudo comparado com as lendas pagãs, Jesus é colocado em paralelo com
os deuses ressuscitados como Osíris, Dionisio[1],
etc.
Por
outro lado, a ressurreição corporal era a única forma de acreditar por parte
dos discípulos e na mentalidade judaica. A ressurreição do corpo é uma verdade
espiritual. O NT fala sem dúvida da ressurreição corporal de Jesus. É o mesmo
que estava na vida pública e o sepultado.
Em
suma, parafraseando ao Pannenberg[2],
“o evento da ressurreição foi algo histórico, mas muito difícil de descrever
com a nossa linguagem”.
Dificuldades das
narrações bíblicas
Os
relatos dão informações, mas não num modo de livro de atas, ou registro dos
fatos históricos, efetivamente, existem diferenças entre os relatos das
aparições e entre as narrações sobre o túmulo vazio.
As aparições são simultâneas, com
poucas concordâncias, variam de pessoas (cf. Mt 28, 9-10; Jo 20, 14-18 e Mc
16,9-11),[3] se
diferenciam de lugar (Jo 20; Lc 24, 50-51 e Mc 16, 9-11), porém, concordam que
a aparição foi aos Doze (Mt 28, 19-20; Lc 24, 47-49; Mc 15,15).[4]
Os relatos sobre o
túmulo vazio
Note-se
que se deve fazer distinção entre o fato e a interpretação. Todos os evangelhos
estão de acordo que as mulheres levaram a primeira surpresa do túmulo vazio, ademais
a interpretação comum da ausência do corpo é porque ressuscitou. Provém de
alguma revelação especial?
Contudo, as circunstancias da
revelação se diferenciam (cf. Mc 16, 5-7; Jo 20,12). Em resumo para a tradição
mais antiga, o túmulo vazio não foi sinônimo de ressurreição, constatamos que
somente depois das aparições foi incluído como parte da narração sobre o
ressuscitado.
BIBLIOGRAFIA
BROWN, Raymond. Introducción a la
cristología del Nuevo Testamento. Salamanca:
Sígueme, 2005, p. 181-191.