Em sua obra I Barnabiti (2012, p. 565), padre Antonio Maria Gentili, diz que
nossa Ordem nasceu como clerical, porém formada de sacerdotes que professam os
votos evangélicos e vivem em comunidade, ou seja, são os clérigos regulares.
Porém, alguns que ingressaram na vida barnabítica não abraçaram o estado
clerical, porém possuíam o desejo de se consagrar a Deus, mas não como
sacerdote e sim como irmãos, que durante o Capítulo Geral de 1554 receberam o
nome de “conversos”, como colaboradores na messe do Senhor.
Entre estes que abraçaram a vida
religiosa barnabítica, porém como irmão, foi o Andrea Scaglioli, sendo um dos
primeiros irmãos conversos da Ordem. Andrea Scaglioli (1512-1580) foi religioso
muito estimado pelas suas virtudes entregou sua vida pelo bem da Congregação.
Por muito tempo ficou responsável pela cultivação da terra na fazenda dos
Padres em Zuccone, “onde demonstrou o seu ânimo apostólico amavelmente no
ensino da doutrina cristã aos camponeses” (Menologio
dei Barnabiti, Roma, 1977, p.155).
Nos primórdios da Ordem os irmãos
conversos eram responsáveis pelas seguintes atividades: “o cuidado da igreja e
da sacristia, pelas roupas, pela dispensa, pela cozinha, da portaria, limpeza
da casa, a administração dos sítios e patrimônios imobiliários, etc.” (Gentili,
2012, p. 565), porém, é bom ressaltar que como religiosos nada os diferenciava
dos deveres e obrigações para com a Ordem assim como os padres.
Nos dias atuais, o papel dos irmãos na
Ordem assume uma ampla dimensão, podendo atuar em diversos campos em que a
Ordem necessite, fazendo assim com que sua presença seja frutuosa para a vida
religiosa barnabítica, dando, portanto, um verdadeiro sentindo de família
religiosa, que com suas diversidades de dons e carismas, continua sob o impulso
do Espírito Santo a atualizar, nos dias de hoje, o ideal de Santo Antônio
Maria, que continua vivo em seus filhos.
GENTILI, Antonio Maria. I Barnabiti: Manuale di storia e
spiritualidade dell’Ordine dei Chierici regulari di san Paolo decollato. Roma:
2012, p. 825.
BARNABITI, Menologio dei. Roma, 1977, p. 525.