Por: Dom Jaime
Pedro Kohl, Bispo de Osório (RS).
Aproveitando o embalo das
mensagens anteriores, achei que podemos ser enriquecidos por alguns outros
pensamentos do Papa Francisco que encontramos na revista “Mundo e Missão”. Eis
o cardápio:
“Eu sou um pecador. Fui escolhido
por misericórdia. Deus olhou para mim com amor. Sou alguém olhado pelo Senhor.
Deus tem paciência comigo”.
“Desejo uma Igreja pobre, com os
pobres, nas periferias. A Igreja precisa curar todas as feridas, aquecer os
corações dos fiéis, estar próxima do povo e com os pobres e ser como o bom
samaritano”.
“Deus nos ama por primeiro, com
antecipação. Ele chega antes, vem primeiro, está sempre antes, tem a iniciativa
de vir a nossa procura. Deus nos procura antes que nós o procuremos. Deus
antecede, precede, vem primeiro. Deixemo-nos amar, acreditemos no amor de
Deus”.
“Entremos pela porta da fé. Abri
as portas do coração a Jesus Cristo. Há portas fechadas para Deus e abertas
para o shopping, o estádio de futebol, os motéis. Nossas casas não podem ter
portas fechadas aos pobres. Jesus bate à nossa porta. As portas do inferno não
vencerão. Jesus nos abriu as portas do Paraíso”.
“Livremo-nos do veneno do vazio
interior e da ilusão do consumismo”.
“A opção por Jesus requer:
desapego dos bens, fé na providência do Pai, vigilância interior e esperança na
salvação”.
“A alegria não vem das sensações,
nem da moda, nem do divertimento, nem do sucesso. A alegria nasce do encontro
com Deus e da amizade com os outros”.
“A misericórdia é o DNA de Deus.
É o remédio para as nossas feridas, é a resposta de Deus ao nosso pecado. Deus
lava e apaga nossa culpa, nos recria”.
“Quem toca no pobre, no doente,
no aflito, toca a carne de Cristo. Jesus se fez carne no pobre”.
“Salvemo-nos da curiosidade doentia
e da deusa lamentação. Sejamos profetas da alegria e da coragem para superar a
amargura, a lamúria e o desânimo. Coração ao alto, coragem, não tenhais medo”.
“A Igreja deve despojar-se de
vestes e revestir-se de Cristo Jesus, e estar a serviço do reino. Despojar-se
da vaidade, do carreirismo, da mesmice e da mundanização. Prepotência, orgulho,
mundaneidade são ídolos, especialmente o dinheiro, a aparência e a vaidade”.
“A Igreja é uma mãe corajosa, que
leva seus filhos ao encontro com Jesus... Precisamos de uma Igreja que volte a
dar calor, a inflamar o coração, paciente, misericordiosa e compreensiva”.
“Na Igreja existem escândalos,
mas também tanta santidade e esta é maior. Esta ‘santidade cotidiana’,
escondida, de tantas mulheres e homens que trabalham o dia todo pela família”.
“A falta de trabalho é pecado
contra o reino. O desemprego faz a pessoa sentir-se sem dignidade. O centro do
mundo é o dinheiro, que é um ídolo que sacrifica vidas, gero o desemprego e a
tragédia da crise econômica. O dinheiro é a raiz da exclusão dos anciãos e dos
jovens. Somos vítimas da cultura do descarte. No centro da economia deve estar
a pessoa, não o lucro”.
“Não deixeis que vos roubem a
esperança. Vamos remar contra a corrente, ir adiante, procurar juntos as
soluções, crer no diálogo, fazer-se próximo uns dos outros. Ter esperança é ser
criativo, corajoso, audaz e esperto”.
“Jesus é nosso intercessor no
céu, é nosso advogado e defensor. Ele nos atende, defende, guia, orienta,
sustenta. O mal não vencerá. Deus é maior e mais forte. Seu reino não terá
fim”.
“Peço licença para entrar no
coração de cada pessoa brasileira... Não tenho ouro nem prata, mas trago o que
de mais precioso me foi dado: Jesus Cristo!”
“A juventude é a janela pela qual
o futuro entra no mundo... Saiam de vocês mesmos, de todo fechamento para levar
a luz e o amor do Evangelho a todos, até as extremas periferias da
existência!... Não deixemos entrar em nosso coração a cultura do descartável”.
“O mistério da Cruz é um grande
mistério para o homem e do qual se pode aproximar somente através da oração e
das lágrimas”.
“Chegamos a ser plenamente
humanos, quando somos mais do que humanos, quando permitimos a Deus que nos
conduza para além de nós mesmos a fim de alcançarmos o nosso ser mais
verdadeiro. Aqui está a fonte da ação evangelizadora”.
“A vida se alcança e amadurece à
medida que é entregue para dar vida aos outros. Isto é, definitivamente a
missão. Consequentemente, um evangelizador não deveria ter constantemente uma
cara de funeral. Recuperemos e aumentemos o fervor de espírito, a suave e
reconfortante alegria de evangelizar, mesmo quando for preciso semear com
lágrimas!”
Convido todo cristão, em qualquer
lugar ou situação em que se encontre, a renovar hoje mesmo o seu encontro
pessoal com Jesus Cristo ou, pelo menos, a tomar a decisão de se deixar
encontrar por Ele, de procurá-lo dia a dia sem cessar”.
Edificados por esses apelos à fé
e à confiança em Deus Pai, sigamos os passos de Jesus na perfeita alegria e
esperança cristã.
Fonte: cnbb.org.br