Francisco Saverio Maria Bianchi
nasceu no dia 2 de dezembro de 1743, na cidade de Arpino, França, e viveu quase
toda a sua vida em Nápoles, Itália. Era filho de Carlo Bianchi e Faustina
Morelli, sua família era muito cristã e caridosa. Francisco viveu sua infância
num ambiente familiar, de doação ao próximo e que o influenciou durante toda
sua existência religiosa.
Aos doze anos entrou para o
“Colégio dos Santos Carlos e Felipe” da ordem dos Barnabitas e em 1762, para o
seminário onde jurou fidelidade a Cristo e fez seus votos perpétuos de pobreza,
castidade e obediência. Completou os estudos de direito, ciência, filosofia e
teologia em Nápoles e Roma.
Foi ordenado sacerdote aos 25 de
janeiro de 1767. Tendo em vista sua alta cultura, seus Superiores o enviam de
volta para lecionar no Colégio de Belas Artes e Letras de Arpino e, dois anos
depois, ao Colégio São Carlos em Nápoles, para ensinar filosofia e matemática.
Em 1778 foi chamado para ensinar na Universidade de Nápoles.
No ano seguinte recebe o título
de “Sócio Nacional da Real Academia de Ciências e Letras”. A intensa atividade
no campo da cultura não o impediu, todavia, de viver plenamente a vida de
religioso, desempenhando importantes cargos na Congregação e continuando a
exercer seu ministério sacerdotal.
Com o transcorrer dos anos padre
Bianchi deixou gradativamente de praticar o ensino e viveu mais o sacerdócio
contemplativo e penitente na mortificação dos sentidos. Ao seu redor se formou
uma próspera família espiritual.
A fama de sua virtuosidade e
santidade cresceu na mesma proporção em que suportou heroicamente uma doença
incurável que o imobilizou numa cadeira por treze anos, os últimos de sua vida.
Mesmo assim não deixou de celebrar a Santa Missa, de acolher e aconselhar a
todos os que o procuravam, distribuindo palavras de coragem e conforto.
Consumido pela doença morreu em
31 de janeiro de 1815, envolto pela paz e suprema alegria espiritual.
Francisco Bianchi viveu durante o
período conturbado e histórico das sucessivas conquistas e batalhas empreendias
pelo imperador Napoleão Bonaparte. Assistiu a destruição de todas as bases
políticas da Europa. Sobretudo, viu o clima anti-religioso ser instalado e que
se materializou contra o clero com leis de confisco, incêndios e expulsões de
congregações inteiras dos domínios napoleônicos.
Mas, padre Francisco Bianchi se
manteve apaixonadamente sacerdote de Cristo. Lutou contra a miséria, a
desnutrição, as epidemias, as doenças e por fim contra a baixa estima dos
habitantes tão abandonados politicamente.
O seu funeral foi um dos mais
comoventes, onde estiveram reunidas personalidades ilustres das áreas das
artes, da ciência, da Igreja e a imensa população, para as últimas homenagens
àquele que chamaram de “Apóstolo de Nápoles” e “santo”.
Em 1951, foi canonizado pelo papa
Pio XII, em Roma. E as relíquias mortais de São Francisco Saveiro Maria Bianchi
foram sepultadas na capela da Igreja de Santa Maria de Caravaggio em Nápoles,
Itália. Para sua homenagem e culto foi escolhido o dia 31 de janeiro.