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Ação evangelizadora no Brasil

5 de outubro de 2017


No Brasil, a Igreja agora se orienta para novas frentes de implementação do anúncio querigmático do Evangelho. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) propõe à atividade da Igreja Católica, em seu plano de urgências de 2015 a 2019, uma atividade mais efetiva e atuante no ensinamento doutrinário e na participação eclesial.
No plano de “Diretrizes gerais da ação evangelizadora da Igreja no Brasil”, aprovado na 53ª Assembleia Geral da CNBB, em 18 de abril de 2015, e publicado como o Documento 102 da CNBB, são apresentadas cinco urgências que resumem o plano para a evangelização. São elas: 1. Igreja em estado permanente de missão; 2. Igreja: casa da iniciação à vida cristã; 3. Igreja: lugar de animação bíblica da vida e da pastoral; 4. Igreja: comunidade de comunidades; 5. Igreja a serviço da vida plena para todos.
            A primeira urgência se resume ao caráter principal da Igreja, que é sua missão serviço de levar Cristo até as pessoas procurando proporcionar a possibilidade de mais pessoas aderirem ao Evangelho, à Boa Nova da Salvação. O mandato do próprio Mestre “Ide e anunciai a Boa Nova a toda criatura” (Mc 16, 15) é muito destacado e chama a atenção de nós, católicos, para a importância do anúncio. A segunda urgência diz respeito à catequese e à evangelização num gradativo processo de conhecimento e vivência da fé sob uma inspiração catecumenal que é intercalada pela “acolhida, diálogo, partilha, escuta da Palavra de Deus e adesão á vida comunitária” (Doc. 102, n. 45). O processo de Iniciação à Vida Cristã é um encontro autêntico com Cristo no seio de sua Igreja, visto que “a admiração pela pessoa de Jesus, seu chamado e seu olhar de amor despertam uma resposta consciente e livre desde o mais íntimo do coração do discípulo” (Documento de Aparecida, n. 136). Esse método busca ressaltar a unidade nos sacramentos da iniciação cristã: Batismo, Confirmação e Eucaristia.
            A terceira urgência destaca a necessidade de voltar constantemente às Sagradas Escrituras para o salutar serviço na Igreja. São Jerônimo já afirmava que “ignorar as Escrituras é ignorar o próprio Cristo”, e São Paulo apóstolo frisava a Timóteo que “toda Escritura é inspirada por Deus e é útil para ensinar, para argumentar, para corrigir, para educar conforme a justiça” (2Tm 3, 16). Conhecer as Sagradas Escrituras, de acordo com a reta interpretação ensinada pela Santa Igreja, acarreta conhecer o ato do amor de Deus Pai que por meio do seu Filho libertou a humanidade do cativeiro do pecado e quer santificar pelo Espírito Santo todos os que o procuram. A Palavra de Deus é o que incentiva a missão da Igreja. Na quarta urgência, a Igreja é entendida sob a ótica de uma grande comunidade universal que, estando presente em vários cantos do mundo é formada por inúmeros povos, mas que professam a mesma fé em Cristo e na Igreja. “A comunidade eclesial acolhe, forma e transforma, envia em missão, restaura, celebra, adverte e sustenta” (Doc. 102, n. 55). Na quinta urgência, é reafirmado o propósito de Cristo que se perpetua na essencial missão da Igreja, que é o zelo pela vida, vida para aqueles que ainda não podem experimentar da dignidade de ser chamado filho de Deus. “Para a Igreja, a caridade não é uma espécie de atividade de assistência social” (Bento XVI, Deus Caristas est, n. 25), mas está impregnada ao múnus da Igreja e deve ser parte de nosso espírito cristão.
            Esses tópicos apresentados pela CNBB são fortes indicadores de chamada de atenção e de reflexão para que não caiamos no indiferentismo frente às necessidades da humanidade sem, no entanto, ter que pulverizar a mensagem de Jesus a ideais que não condizem à missão da Igreja por Ele instituída.

Autor: Edvando Barros
























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